Temporal
violento mata 6 estrangeiros em praias do Norte da Grécia
Publicado em 11/07/2019 - 09:35
Por Karolina
Tagaris e Alkis Konstantinidis, da Reuters* Atenas
Uma
tempestade violenta de curta duração matou seis estrangeiros, incluindo duas
crianças, além de deixar mais de 100 pessoas feridas, após atingir o norte da
Grécia durante a madrugada, derrubando árvores e arrancando telhados.
Testemunhas
relataram que a tempestade chegou e passou em questão de minutos. Ventos de
mais de 100 quilômetros por hora foram registrados na península de
Halkidiki, popular entre turistas no verão europeu.
Dois
turistas tchecos idosos morreram quando os ventos e a chuva viraram seu
trailer, informou a polícia.
Uma
mulher e um menino de 8 anos, da Romênia, morreram quando um teto desabou em um
restaurante do resort litorâneo de Nea Plagia. Um homem e um menino, ambos
russos, morreram quando uma árvore caiu perto de seu hotel na cidade costeira
de Potidea, disseram autoridades.
Ruas da
área ficaram repletas de pinheiros derrubados pelo vento e motos tombadas, e
tetos de madeira foram arrancados e lançados nas praias. Um correspondente da
Reuters viu cadeiras de sol jogadas aos montes junto com outros destroços perto
das praias de Nea Plagia.
O
primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, cujo governo tomou posse nesta
semana depois de vencer as eleições de 7 de julho, cancelou a agenda matutina e
está sendo atualizado continuamente, informou um assessor.
Presente
no local do desastre, o ministro da Defesa Civil, Mihalis Chrisochoidis, disse
que a Grécia está chorando a perda de vidas, acrescentando: "Nos próximos
dias todos os danos serão reparados".
Tempestades
tão severas são incomuns na Grécia, onde os verões costumam ser quentes e
secos. Mas a tragédia trouxe lembranças de um incêndio florestal ocorrido há
quase um ano, que atravessou o resort de Mati quase sem aviso, atiçado por
ventos quentes, aprisionando muitos habitantes antes que eles pudessem fugir e
matando 100 pessoas.
"É a
primeira vez em minha carreira de 25 anos que vivi algo assim", disse
Athansios Kaltsas, diretor do Centro Médico de Nea Moudania, onde muitos
feridos foram tratados devido a fraturas. "Foi muito abrupto,
repentino".
Kaltsas
contou que os pacientes levados à clínica tinham entre 8 meses e mais de 70
anos. Alguns tinham ferimentos na cabeça causados por árvores.
*Colaborou Michele Kambas
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