Maia diz
que Câmara vota projeto contra corrupção dia 29 sem anistia a caixa 2
- 26/11/2016 21h33
- Brasília
Ivan
Richard Esposito - Repórter da Agência Brasil
Após reunião hoje (26) à noite
com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, o presidente da Câmara,
deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que projeto anticorrupção deve ser votado
pelo plenário da Casa na próxima terça-feira (29), sem a anistia a crimes
eleitorais como o caixa 2.
Na última quinta-feira (24), o
plenário aprovou, em votação simbólica, a urgência para votar o texto da
comissão especial que analisou as propostas anticorrupção enviadas pelo
Ministério Público Federal ao Congresso.
Contudo, com o receio de que uma
anistia ao caixa 2 fosse votada, alguns partidos apresentaram requerimento para
votação nominal e a tramitação da proposta foi suspensa.
Segundo Maia, está havendo “uma
confusão legítima” na sociedade acerca da possibilidade de anistia ao caixa 2 e
outros crimes eleitorais e isso só será esclarecido quando a Câmara encerrar
definitivamente a votação do pacote anticorrupção.
“[Vamos votar] com a clareza que
nós temos. Estamos passando à sociedade que em nenhum momento se discutiu
anistia. Um dos pontos é a tipificação do caixa 2. Isso vai ficar claro e a
sociedade vai entender que nunca houve, do ponto de vista majoritário, nenhum
encaminhamento para anistiar crimes [eleitorais]. Porque, quando se trata de
anistia, você está tratando de anistiar corrupção ativa, passiva, peculato e
isso nunca entrou nas nossas discussões. O que discutimos sempre foi o texto de
tipificação do caixa 2 [apresentado pelo MPF]”, disse o presidente da Câmara.
De acordo com ele, o texto de uma
emenda que anistiava vários crimes eleitorais – o documento circulou na Câmara
e nas redes socais ao longo da semana - nunca foi debatido pela direção da
Casa.
“Vamos organizar a votação das
dez medidas para que esse assunto tenha um fim com a clareza de que ninguém vai
votar nenhum tipo de anistia e que a votação vai abordar aspectos que tratam
das dez medidas que foram aprovadas na comissão especial e precisam ser votadas
pelo plenário”, acrescentou.
Articulação política
Convocado por Temer para uma
reunião hoje, um dia depois da exoneração do ministro da Secretaria de governo
Geddel Vieira Lima, Maia minimizou a saída do peemedebista da articulação
política do governo. Para ele, a queda de Geddel não vai prejudicar a votação
de propostas de interesse do governo na Câmara.
“O ex-ministro Geddel deixou a
articulação política bem organizada. Tenho certeza de que vamos ter um belo
resultado no Senado e votações na Câmara”.
Edição: Kleber Sampaio
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