Battisti
admite participação no assassinato de 4 pessoas na Itália
Publicado em 25/03/2019 - 11:18
Por Agência
Brasil* Brasília
Pela
primeira vez, o italiano Cesare Battisti, de 64 anos, extraditado em janeiro do
Brasil para a Itália, admitiu ter participado do assassinato de quatro pessoas
nos anos de 1970. Na presença do procurador-geral de Milão, Francesco Greco, no
Ministério Público, ele confirmou o envolvimento nos crimes e pediu desculpas
aos parentes das vítimas.
Segundo
relatos, durante o depoimento, Battisti disse que se envolveu nos atos
políticos por acreditar que aquela era uma “guerra justa”. O italiano foi
condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas durante os anos
de 1970. Na época, ele integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um
braço das Brigadas Vermelhas. Até então ele afirmava ser inocente.O
procurador Francesco Greco disse que Battisti admitiu "suas
responsabilidades" em quatro assassinatos, no ferimento de três pessoas e
na participação de roubos.
Captura
Battisti
foi capturado em 12 de janeiro à noite enquanto caminhava
pela rua em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão foi resultado de
uma parceria de agentes bolivianos e italianos com apoio de
brasileiros.
Cesare
Battisti no avião que o levou da Bolívia para a Itália - Divulgação Polícia da Itália/Redes Sociais
No Brasil
desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu
sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último
dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da
Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo
STF.
Desde a
campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a extradição de
Battisti. Ao assumir o poder, ele reiterou sua determinação em capturar e
enviar para a Itália para o cumprimento da pena.
*Com
informações da RAI, emissora pública de televisão da Itália.
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Edição: Maria Claudia
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