ONU: tempestade que atingiu Moçambique foi a pior no Hemisfério Sul
Publicado em 19/03/2019 - 11:17
Por Agência
Brasil* Brasília
A
tempestade que atingiu Moçambique provocou o pior desastre natural a atingir o
Hemisfério Sul, disseram representantes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais de 1,7 milhão de pessoas foram afetadas pelo mau tempo no país. O cenário
descrito pela ONU é de devastação.
O ciclone
Idai, que passou também pelo Malaui e o Zimbabue, deixou pelo menos 222 mortos,
segundo balanço provisório divulgados pelos governos nessa segunda-feira. O
presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou ontem que mais de mil pessoas
podem ter morrido.Além dos
efeitos inciais provocados pelos fortes ventos e a chuva, grande região de
Moçambique convive agora com inundações.
Lola
Castro, do Programa Alimentar Mundial, diz que há áreas em que a água está seis
metros acima do nível normal. O Rio Buzi, na província de Sofala, saiu do seu
leito, matando dezenas de pessoas. Representantes do programa estão na Cidade
da Beira, capital da província de Sofala, distribuindo alimentos em escola da
região.
Nos três
países mais afetados pelo ciclone, as pontes e as estradas estão destruídas, o
que dificulta as operações de socorro. A ajuda humanitária tenta chegar de
helicóptero e em botes de borracha.
Em
Moçambique, uma área de 100 quilômetros está totalmente inundada.
"Estamos
trabalhando com a Nasa, a agência espacial norte-americana, e com a Agência
Espacial Europeia para obter informações mais completas sobre as áreas afetadas
e o número de pessoas presas lá”, afirmou Carolina Haga, da Federação
Internacional da Cruz Vermelha.
Filipe
Nyusi pediu à população que mora perto de rios que abandonem a área “para
salvar sua vida”. A União Europeia anunciou hoje um apoio de emergência de 3,5
milhões de euros para ajudar a população africana afetada pelo ciclone - 2
milhões para Moçambique, 1 milhão para o Malaui e 500 mil ao Zimbabue.
Filipe
Nyusi, presidente de Moçambique, apelou à população que reside perto dos rios
da região para que abandonem a área “para salvar as suas vidas”.
*Com informações da RTP (emissora pública de televisão de Portugal)
Edição: Graça Adjuto
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