Presidente
colombiano vai à Bélgica se reunir com secretário da Otan
Publicado
em 30/05/2018 - 14:28
Por Mônica
Yanakiew – Repórter da Agência Brasil Buenos Aires
Próximo de concluir seu mandato e
em meio à campanha para o segundo turno das eleições presidenciais, no dia 17
de junho, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, viaja na quinta-feira
(31) para a Bélgica, para se encontrar com o secretário-geral da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.
A Colômbia é o primeiro país da
América Latina a ser aceito como parceiro global da Otan, uma aliança militar
entre os Estados Unidos e seus aliados da Europa Ocidental, que foi criada depois
da Segunda Guerra Mundial para fazer frente à União Soviética e aos países
comunistas do Leste Europeu, organizados à época sob o Pacto de Varsóvia. Com o
fim da Guerra Fria, muitos desses países entraram para a OTAN, que hoje tem 29
membros.
Segundo Santos, como parceiros
globais da OTAN, os colombianos podem contar com ajuda para lutar contra o
terrorismo e crimes cibernéticos, além de fortalecer a segurança marítima. “A
Colômbia vai se beneficiar sendo uma parte ativa da comunidade internacional
porque muitos dos problemas que hoje enfrentamos são globais e requerem a
colaboração e o apoio de outros países para serem solucionados”.
Atualmente, a Otan executa
manobras militares conjuntas e tem o compromisso de defender qualquer membro,
atacado por força externa. A Colômbia faz parte da categoria parceiro global do
bloco, que também inclui Afeganistão, Austrália, Iraque, Japão, Coreia do Sul,
Mongólia, Nova Zelândia e Paquistão.
Eleições presidenciais
Juan Manuel Santos ganhou o
prêmio Nobel da paz por ter assinado, em 2016, um acordo para acabar com meio
século de guerra civil entre as forças governamentais e as Forças Armadas
Revolucionarias da Colômbia (Farc). Esse acordo está sendo questionado pelo
ex-presidente Álvaro Uribe (principal rival político de Santos) e por seu
candidato à presidência, Iván Duque. Ambos acham que o pacto foi demasiado
generoso com os sete mil rebeldes que aceitaram depor as armas em troca de
anistia e do direito de formar um partido político com o mesmo nome.
No dia 17 de junho, Duque disputa a presidência da Colômbia
com o ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá, Gustavo Petro. Apesar de não ter
conseguido fazer seu próprio sucessor, Santos também deixa como legado a
entrada da Colômbia na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE), que tem 35 países e do qual o Brasil e a Argentina querem
fazer parte.
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Edição: Denise
Griesinger
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